Supertelescópio desafiará a capacidade ocular humana e chega para revolucionar a astronomia

Brasil se destaca na ciência espacial e instala centro de distribuição de dados emitidos pelo instrumento ótico

Imagem: reprodução/observatório Vera C Rubin

Após o pentágono explanar as razões do governo brasileiro de ocultar inúmeras histórias e aparições de alienígenas, da iniciativa da SpaceX para desvendar o surgimento do universo e da emissão de cápsulas como a Starship, para que a vida possa se tornar multiplanetária, veio aí um supertelescópio para impulsionar a astronomia global, com uma câmera digital precisa e uma vasta varredura celeste. Trata-se de uma iniciativa global para um mapeamento do hemisfério sul, pelo megaprojeto LSST (Levantamento de Espaço e Tempo de Legado), liderado pelos EUA e processados no Brasil, pela LIneA (Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia).

O observatório Vera Cooper Rubin foi nomeado a partir da astrônoma estadunidense de mesmo nome, que além de pioneira no estudo das curvas de rotação de galáxias espirais, também foi responsável pela comprovação da existência de matéria escura no espaço. Localizado no deserto do Atacama, no Chile, o equipamento pesa cerca de 3 toneladas, 8 metros de diâmetro, proporções gigantes de 3,2 gigapixels e após 25 anos de desenvolvimento a tecnologia se prepara para registrar suas primeiras imagens no dia 23 de junho.

É a maior câmera digital já construída, com uma agilidade que permite uma mudança de posição com movimentação micrométrica e alta resolução das áreas do céu. A participação do time brasileiro será ativa e significativa para que outros adventos possam ser viabilizados, já que o LIneA criado em 2006, acaba de receber 7 milhões da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) para completar a instalação deste Centro Independente de Acesso a Dados (Idac).

Em torno de 170 pesquisadores locais estão envolvidos na empreitada e a sede estará responsável por analisar, processar e distribuir os dados do supertelescópio com expansão para captar imagens do mundo nunca vistas. A ideia principal é que a instituição desempenhe um volume de dados astronômicos, no qual serão diversos petabytes, unidade usada para descrever grandes quantidades de dados e, ao longo de uma década, até 37 bilhões de objetos serão catalogados.

O objetivo central de toda a organização é o avanço de conhecimento sobre matéria escura que compõe a maioria do universo e de outros objetos pouco estudados ou, até então, incompreendidos. Estima-se que 17 bilhões de estrelas serão descobertas, assim como 20 bilhões de galáxias e outros exemplares que estão invisíveis aos instrumentos tradicionais, em apenas um ano, diferentemente dos telescópios usuais que podem levar anos para catalogar algumas centenas de milhares dos objetos.

O observatório será inaugurado durante o evento global Rubin First Light , promovido pela Fundação Nacional de Ciência (NSF) e o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) com transmissões em diversos países. Apesar da expectativa, situações como megaconstelações de satélites, podem prejudicar as investigações e interferir nas imagens, como a já mencionada SpaceX, que quando orbitando baixo refletem luz e contaminam os registros.

Escrito por Kethelyn Rodrigues, supervisionada por Li Lacerda.