Dakila Pesquisas: A Primeira expedição do Caminho do Peabiru em Joinville

Equipe do ecossistema Dakila começa a investigar os mistérios escondidos em Santa Catarina

A expedição organizada pela associação Dakila Pesquisas conta com o apoio do pesquisador e historiador, André Rockenbach, o escritor Isaque de Borba Corrêa e o montanhista Douglas Schon, que, juntos, buscam desvendar mistérios históricos e naturais ligados à trilha ancestral que atravessava a América do Sul.

O Caminho do Peabiru é uma rota histórica que cruzava o Oceano Atlântico ao Pacífico. Utilizada por povos indígenas para trocas comerciais e culturais, a trilha ganhou relevância histórica quando os jesuítas a identificaram como o possível “Caminho de São Tomé”, associando a narrativas religiosas e místicas.


Segundo Isaque de Borba Corrêa, que estuda há anos os mistérios históricos e religiosos do Peabiru, a rota pode ter tido um papel fundamental na integração de culturas: “Eu comecei a descobrir a história do Peabiru e me encantei com a versão dos jesuítas. A ideia de que São Tomé poderia ter passado por essas terras é fascinante e traz um novo significado à trilha”, afirmou o escritor.

A cidade catarinense despertou o interesse da equipe por suas formações naturais únicas e pela presença de relatos históricos que indicam a possível passagem do Peabiru na região. O historiador André Rockenbach destacou a importância da investigação científica: “É de uma importância inefável para a humanidade, assim chegaremos ainda mais perto da realidade de nossa história”.

O montanhista Schon, especializado em geografia e estudos de montanhas, contribui com seu conhecimento sobre a topografia da região, ajudando a equipe a mapear potenciais trechos da trilha ancestral.

Um dos grandes trunfos da expedição é o uso da tecnologia LiDAR (Light Detection and Ranging), que permite mapeamentos tridimensionais detalhados do terreno, mesmo em áreas de vegetação densa. Essa tecnologia, pode revelar traços ocultos no solo que indicariam caminhos utilizados por povos antigos.


Urandir Fernandes de Oliveira, presidente de Dakila Pesquisas, destacou a relevância da tecnologia para o projeto: “A LiDAR nos dá uma visão que antes era impossível. Com ela, conseguimos identificar detalhes no terreno que poderiam passar despercebidos. É um avanço tecnológico muito significativo para nossas pesquisas.”

A pesquisadora de Dakila, Beatriz Campos, comenta: “Estar aqui, junto com pesquisadores e historiadores que tem uma importância significativa, vamos poder mostrar para o mundo uma história que começou no início da civilização. Estamos entrando em contato com a história dos Murils, para que possamos ajudar a humanidade, para conhecer a verdadeira história do mundo.